Por Roniel Sampaio Silva
É muito comum as pessoas comentarem: “ouça a voz da sua
consciência”; “peso na consciência”; “consciência tranqüila” e etc. Vamos
pensar sociologicamente sobre estas questões numa perspectiva do sociólogo
Émile Durkheim?
Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, sendo um atributo do pensamento humano. A consciência está relacionada diretamente com a percepção do indivíduo em pertencer o mundo, de compreender seu lugar nele.
A palavra consciência vem do latim conscientĭa (com conhecimento). Analisando o vocábulo podemos aferir que consciência é estar dotado de percepção, de conhecimento, de estar no mundo. Nota-se que ter consciência está relacionado a sua externalidade. Quando usamos a expressão "colocar a mão na consciência" estamos nos referindo ao ato de olhar para si mesmo e identificar seu papel ou ações do mundo social que está inserido. Nota-se assim, nesse sentido, que a consciência tem um parâmetro para seu julgamento: o mundo social. Será a partir do mundo social marcado por regras, normas e leis que "colocamos a mão na nossa consciência" e, quase sempre, agimos conforme elas.
Partindo disto, Émile Durkheim desenvolveu o conceito de consciência coletiva . Para o autor o que faz a sociedade ser um “todo social harmônico”
é a consciência coletiva, coagindo os indivíduos a agirem de determinada
maneira e não d’outra, embora dando "espaço" para o indivíduo fazer suas próprias escolhas e
constituindo sua individualidade a partir de uma consciência maior e externa.
Neste sentido, quando você ouve uma voz dizendo “acho melhor
não fazer isso...” Não se preocupe você não está ficando maluco, é apenas uma
manifestação da consciência coletiva. Agora se você não costuma ouvir esta voz
acho melhor colocar a mão na consciência para procurá-la.
E você, tinha consciência da sua consciência coletiva? Você
já se deu a oportunidade de conversar com ela hoje?
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